Imagine um mega cassino na região. Parece uma idéia meio irreal, mas não seria para a legislação da maioria dos estados da Amazônia e alguns do Pantanal. E, como não poderia deixar de ser, o Acre consta nesta lista.
Pelo menos é isso que anseia o projeto de lei de um senador rondoniense, Mozarildo Cavalcanti (PTB). Pelas suas 2 propostas no Senado, o jogo de bingo passaria a ser amparado por lei em todo país, sendo autorizados incentivos a mais para facilitar a instalação de cassinos em hotéis da Amazônia e do Pantanal.
Em síntese, as leis estaduais vigentes passariam a permitir a jogatina ‘livre’ de bingo e a dispensa do visto de imigrantes em 10 estados do Brasil. Eles são: Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins. Seriam espécies de ‘cassinos na selva’ e ‘cassinos-fazendas’ na Amazônia e no Pantanal.
A idéia do projeto se baseia na hipótese de que os cassinos regionais trariam empresários sérios e compromissados com o desenvolvimento da região, além da geração de muitos empregos, de renda e de impostos e da atratividade turísticas deste tipo de empreendimento. No geral, as idéias do senador estão divididas em 3 projetos, a serem votadas no Senado.
No entanto, apesar da legalidade, o projeto não estipula cifras e ordens para chamar a atenção de empresários que se disponham a investir pesado na construção de grandes cassinos (como se vê no restante do mundo) nos 10 estados do projeto. Situação esta que não viveria as regiões sul e sudeste.
Caso a proposta para liberar o bingo nacionalmente fosse aprovada, os estados sulistas e do sudeste teriam tudo para fechar as suas problemáticas casas clandestinas de jogos e passarem a ter mega cassinos.