Os dois voos haviam sido cancelados em fevereiro deste ano, em virtude das más condições da pista do aeroporto da cidade (que geravam uma série de problemas operacionais para a Gol).
De acordo com o presidente da Acisa, Jurilande Aragão, a volta dos voos vai vir com algumas mudanças em relação a sua operacionalidade de antes. A principal delas é no horário. Segundo ele, o voo que vem de Brasília para cá sairá de lá às 23h45 e chegará aqui às 1h10. Já o voo do trajeto inverso, que sai de Rio Branco para Brasília, sairá daqui às 2h55 e chegará à capital federal às 7h09.
A segunda mudança nos voos é em relação aos dias na semana. Conforme Jurilande Aragão, a capacidade de ambos os voos não estava sendo atingida devido a restrições na pista. Por exemplo, a Gol poderia operar com 187 passageiros, mas em função da pista a empresa só pode destinar para cá um voo com capacidade para 147 passageiros, sendo obrigado a pousar com apenas 103 e a levantar voo com apenas 111 passageiros. Devido às restrições, a Gol só vai operar com a rota Rio Branco/Brasília 5 vezes por semana, não realizando tais voos nem nas terças e nem nas quintas-feiras.
A volta dos voos da Gol devolvem aos acreanos mais opções na hora de viajar para o Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país, além de ofertar preços mais em conta no valor das passagens aéreas.
Problemas na pista e reforma da 2ª cabeceira – Desde ‘pátio de buracos’ até ‘tobogã’, a pista do Aeroporto de Rio Branco vem sendo motivo de uma série de transtornos para a população desde 2009, quando começaram as reformas nela. Mas até hoje tais reformas não estão nem perto de uma conclusão. Milhões já foram gastos e apenas uma cabeceira foi reestruturada. E é por isso que a pista foi outra pauta central na reunião da Associação Comercial.
Segundo Jurilande Aragão, as obras na segunda cabeceira vão começar em abril. Mas para fazer este serviço de forma ágil e eficiente, o empresário defende que vai ser preciso uma mega operação. Caso contrário, serão mais 2 anos e meio reformando a mesma cabeceira.
Pátio central e o risco da interdição do aeroporto – Apesar de exigir muito esforço e atenção, a 2ª cabeceira não é a maior preocupação quanto à reforma na pista. O grande ‘X’ da questão, segundo o presidente da Acisa, é o pátio ou vão central dela. Segundo ele, os empresários vão se reunir com a Infraero, com a Anac e com as companhias aéreas que atuam aqui (Gol, Trip e TAM), em Brasília/DF, para tratar da execução das obras no pátio central.
Jurilande Aragão acredita que este vão do meio na pista vai exigir muito esforço do Exército/ Infraero. Portanto, será preciso realizar este serviço de forma integral. Inclusive, adotando medidas mais drásticas (por exemplo, a interdição total do aeroporto por alguns dias), se for necessário, para concluir de vez as reformas. “Ou se trabalha intensivamente, com a suspensão total de voos durante alguns dias para aprontar o serviço definitivamente. Ou se trabalha 24h por dia, num esquema de turnos de trabalho”, concluiu Jurilande.