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Indígenas da Amazônia Brasileira realizam assembleia extraordinária em Manaus/AM

Entre os dias 28 e 30 de março a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia brasileira (Coiab) realiza a sua Assembleia Extraordinária em Manaus. Aos menos 100 lideranças indígenas, representando os nove estados da Amazônia Brasileira já confirmaram presença no evento, que será realizado no auditório da Escola Estadual Gilberto Mestrinho, localizada no bairro Educandos, Zona Sul de Manaus.

Um dos principais temas a ser discutido na reunião diz respeito as atuais questões de sustentabilidade financeira da entidade que é uma das maiores organizações indígenas do país.

De acordo com Marcos Apurinã, coordenador geral da Coiab, o momento é propício para a realização do evento, tendo em vista os acontecimentos previstos para 2012 como a RIO+20, por exemplo.

“A nossa organização passa por algumas dificuldades e é importante que as lideranças possam participar dessa assembleia com suas propostas, para encontrarmos soluções para as dificuldades que enfrentamos”, disse.

Entre os assuntos em pauta na Assembleia destacam-se a reestruturação do Conselho Deliberativo e Fiscal (Condef) da Coiab, que é a instância máxima de decisão da entidade, atualmente presidido por Agnelo Xavante. Também será discutida a atual composição da Coiab que está atuando somente com dois dos seus coordenadores.

Sustentabilidade Financeira – Segundo o coordenador geral da Coiab, o convênio com a Funasa no atendimento à saúde indígena nas comunidades do Amazonas deixou uma sequela muito grande.

“Até hoje estamos pagando por um preço que não devemos. A Coiab foi muito prejudicada. Já resolvemos as dívidas trabalhistas, porém ainda há as operacionais e as dividas fiscais. Outras organizações também foram prejudicadas pelo convênio como a UNI (Acre), Cumpir (Rondônia), Opimp e Civaja (Amazonas). A impossibilidade de receber determinados recursos tem nos atrapalhado bastante. Entretanto, as agendas continuam acontecendo e a nossa luta não para. Esse é o compromisso que assumimos”, afirmou.

Para a liderança Apurinã a sustentabilidade do movimento indígena precisa, em algum momento, vir do próprio movimento, da sua base, conforme foi colocado em junho de 2011, no Diálogo das Lideranças da Amazônia, um encontro das novas e antigas lideranças do movimento indígena amazônico, realizado pela Coiab, em parceria com a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn). (Portal A Crítica)

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