Como se noticiou, a Defensoria Pública apresentou ao governador um projeto para diminuir o número de presidiários. Agora, é cobrar pela execução dessas medidas, considerando que a superlotação dos presídios atingiu níveis incontroláveis neste Estado.
Como também já se noticiou várias vezes, o Acre aparece sempre no topo do ranking dos estados com maior número de encarcerados, proporcionalmente, à sua população.
Por um lado, pode atestar o bom trabalho que vem sendo executado pelas diversas polícias, mas por outro isso sempre significa um problema social dos mais graves. Recentemente, recorde-se, a juíza de Cruzeiro do Sul interditou o presídio local por falta absoluta de condições. Na Capital, não é muito diferente e vai-se chegar a essa situação, se medidas não forem tomadas.
As medidas anunciadas pela Defensoria, como a de oferecer assistência jurídica mais rápida aos encarcerados, inclusive nos atos de prisão, são possíveis e recomendáveis tanto do ponto de vista jurídico como social.
Jogar no amontoado dos presídios todos os tipos de infratores, sem distinção da gravidade dos delitos, não ajuda em nada a reeducação ou reintegração à sociedade. Como é sabido, pode se estar gestando delinquentes mais perigosos.
Por isso a necessidade urgente de se implementar essas medidas tanto por parte da Defensoria Pública como do Judiciário que até então têm-se mostrado omissos no enfrentamento desse problema.