Após a Missão Empresa-rial a Milão, ocorrida no pe-ríodo de 13 a 26 de abril, representantes do setor produtivo acreano estiveram reunidos na manhã de ontem, 30 de abril, na Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) com o consultor empresarial Renato Castro para discutir como atrair investimentos internacionais para a Zona de Processamento de Exportação do Acre (ZPE/AC). Na Itália, Castro recebeu a comitiva acreana na empresa onde é sócio, a Baumann Consultancy Network, em escritório recém-inaugurado na Europa e há sete anos baseada em Pequim (China).
A Baumann facilita a abertura de mercado para empresas brasileiras na Itália e China, como também os processos de exportação de produtos daqueles países para o Brasil. “Por isso, fechamos bem com a proposta da ZPE no Acre e fizemos questão de recebê-los em Milão. Percebemos uma excelente oportunidade de investimento no Acre. Todo o foco está no Brasil, pois é um país que hoje significa economia aquecida e com abertura de mercado muito maior do que na China, que é um país ainda muito protecionista”, avaliou Castro. “Nossa reunião aqui nos aproximará ainda mais e também sairemos daqui sabendo das expectativas dos empresários e de que forma poderemos garantir o êxito desse projeto”.
A proposta apresentada por ele, juntamente com o secretário estadual de Indústria, Edvaldo Magalhães, é a de realizar parcerias entre empresas estrangeiras e locais (joint ventures). Enquanto as primeiras entrariam com a transferência de tecnologia e know-how, as indústrias acreanas poderiam investir na construção da infraestrutura etc. A ideia é que no período de Expoacre aconteça a primeira visita de um grupo de possíveis investidores (formado por dois empresários brasileiros, pelo menos um chinês, dois ou três europeus e um do Paraguai) para conhecer as instalações da ZPE e a economia local.
“Queremos um trabalho de tangência comercial, mostrar para as empresas o diferencial logístico de se instalar na nossa ZPE, além de fazer um apelo forte, também, para que haja essa associação, essa inclusão do empresário local. Acredito muito nessa parceria”, enfatizou Magalhães. Para o presidente da Fieac, Carlos Sasai, o caminho que começa a ser traçado é animador. “Será uma grande oportunidade para o Estado, pois com certeza há parceiros aqui para uma associação bem sucedida com as empresas de outros países, e também está na hora do Estado pensar em abastecer o mercado interno, também. Mas é preciso que estejamos bem preparados”, afirmou. (Ascom Fieac)