Para discutir sobre o ensino e o ingresso na Universidade Federal do Acre foi realizado o 5º Fórum Permanente dos Cursos de Graduação da Ufac. O evento contou com a presença de representantes de associações internas da universidade e de secretarias ligadas à educação.
De acordo com Renildo Moura, pró-reitor de graduação da Ufac, foram colocadas preocupações e medidas a serem tomadas pelos governos acerca da qualidade de ensino tanto da universidade quanto das escolas públicas do Estado. “O 5º Fórum Permanente dos Cursos de Graduação da Ufac aconteceu no dia 3. Tem o objetivo de discutir, qualitativamente, a forma de promover a melhoria do ensino dentro da universidade e propor, apresentando ideias para a política de melhorias do ensino médio por parte dos governos municipal e estadual”.
Para que o ensino melhore, várias mudanças devem ser realizadas. “Na sessão, foram discutidos pontos que devem ser levados em conta e as preocupações com a política de inclusão e de ingresso nos cursos da universidade para 2013. O fórum não é deliberativo. Também é discutida a formação continuada dos professores, adequações dos projetos pedagógicos curriculares dos cursos, no sentido de promover racionalidade com qualidade, de modo a combater a evasão e a retenção, modificando e adequando disciplinas”, disse o pró-reitor.
A Ufac ainda não aderiu, até o momento, o sistema de cotas para negros, aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “O fórum não discutiu sobre as cotas para negros. Se forem consideradas as cotas, é preciso ter os cuidados devidos para fazer isso com qualidade e seguindo o rigor da lei. O que está definido, até agora, são as cotas para portadores de deficiência, nas quais critérios são estabelecidos”, informou.
Renildo frisou que se a qualidade de ensino nas escolas públicas for mudada, não será necessário o sistema de cotas. “O fórum entende que se as políticas de melhoria na qualidade de ensino na universidade, na qualidade dos professores e na rede pública de ensino, não são necessárias as cotas. Há um desnivelamento social entre o ensino público e o privado, que não é muito acentuado, mas existe. A política e qualidade de ensino devem ser melhoradas”, finalizou.