O Governo do Estado age com acerto ao fechar a fronteira impedindo a chegada de novas levas de imigrantes haitianos. A mesma decisão deve ser seguida pelo Governo Federal, a julgar pelas declarações da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que esteve aqui no Acre.
Age com acerto porque o Acre já foi suficientemente solidário e generoso com esse povo, castigado pelo grande terremoto, ao receber e assistir mais de 2 mil pessoas, fornecendo-lhes, comida, abrigo e o encaminhamento para outros centros onde estão sendo empregados. Para isso, o governo teve que desembolsar uma boa quantia de recursos, que poderia ser empregada na assistência às populações locais mais pobres.
A questão é que, além de não ter mais condições de arcar com novas despesas, ao permitir e continuar assistindo essas novas levas de imigrantes que não param de chegar o governo poderia estar fomentando a ação criminosa dos chamados “coiotes” que agem nos países fronteiriços, extorquindo e submetendo os haitianos a todo tipo de exploração e humilhações.
Neste aspecto, espera-se que o governo brasileiro, em ação conjunta com países vizinhos, faça gestões junto a ONU e outras entidades internacio-nais para denunciar e coibir de forma enérgica a ação criminosa desses malfeitores. A rigor, até agora, não se viu ainda qualquer gesto de boa vontade e solidariedade desses organismos internacionais. Muito menos, medidas para combater esse crime tão abjeto.