Não interessa e não trará nenhum proveito a nenhum dos lados, muito menos à sociedade, essa greve que está sendo anunciada pelos policiais civis. Só interessa mesmo à criminalidade. Por isso, os canais de negociação entre o governo e as lideranças do movimento devem ser reabertos para superar o impasse.
Não interessa a nenhum dos lados, porque, com o projeto, que faculta o ingresso na corporação de candidatos com ensino médio, já aprovado pela Assembleia Legislativa o fato está consumado e pouco ou nada a categoria poderá fazer para modificá-lo. A essas alturas, portanto, radicalizar a questão com uma greve não parece a atitude mais sensata.
Não interessa também ao governo, porque segurança pública é um serviço essencial e paralisações ou greve, como se está anunciando, podem trazer transtornos para o setor , no momento inclusive em que a Polícia Civil tem-se destacado pelo desmonte de algumas quadrilhas que vinham articulando grandes assaltos no Estado.
Daí a necessidade de os representantes do governo e lideranças da categoria avaliarem a gravidade da situação e reabrirem os canais de negociação para ver o que pode ser atendido ou não, sem prejudicar a sociedade. Consta que há pontos que podem ser negociados, sem prejudicar a categoria.
Fato é que, como vem alertando o secretário da Polícia Civil, Emylson Farias, há a necessidade urgente de se realizar concurso público para fazer frente às demandas urgentes do setor.