Oportuna e sensata a sugestão de alguns deputados de acionar a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa para analisar o comportamento do deputado Wherles Rocha, que proferiu ofensas graves esta semana contra o governador do Estado e o secretário de Segurança Pública.
Aliás, se existe uma Comissão de Ética naquela Casa legislativa e nunca funcionou esta é uma boa oportunidade para fazer valer suas prerrogativas. Até adversários políticos do governador mais contundentes concordam que o deputado Rocha passou dos limites, exorbitou, assacando ofensas chulas, que atingem a dignidade não só do político governador, mas de sua pessoa e de sua família.
Para o bem dos próprios deputados e do parlamento que representam é preciso que a honra seja reparada e a Comissão de Ética é o foro adequado para chamar a atenção do detrator, levando-o a tomar cons-ciência de que o mandato e a imunidade parlamentar não o eximem de algumas obrigações elementares, uma delas a da boa educação.
Até porque não é a primeira vez que o referido deputado extrapola em suas investidas contra adversários. É useiro e vezeiro em suas diatribes e a Mesa Diretora precisa fazer valer sua autoridade para corrigi-lo, acionando a Comissão de Ética. É assim que se faz nos parlamentos que zelam pela ética e dignidade na política. É também o que a sociedade espera e exige.