Na reta final da campanha eleitoral, a sociedade, os eleitores precisam aguçar sua atenção, sobretudo, sua capacidade de discernimento para saber distinguir nos pronunciamentos dos candidatos o que são propostas exequíveis, capazes de serem cumpridas, das famigeradas “promessas eleitoreiras”.
Ou porque se aproxima o dia das eleições ou porque já não contam com a certeza da vitória, é impressionante constatar a facilidade com que alguns candidatos a prefeito desfiam todo tipo de propostas, montando em seus horários políticos no rádio e televisão e em outros palanques um verdadeiro “bazar de facilidades”.
Ora, todo mundo sabe que os orçamentos das prefeituras deste Estado, incluindo a da Capital, são extremamente limitados. Agora, com a crise econômica, mais ainda, com a diminuição dos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e outras verbas da União e do Governo do Estado.
É em cima dessa realidade que os planos de administração, as propostas devem ser feitas e analisadas. Por isso mesmo, um plano de governo necessariamente deve ser feito a partir dos recursos disponíveis, com começo, meio e fim, nos prazos de execução.
Fugir dessa realidade ou é ignorância, e por isso mesmo o candidato não está preparado para administrar o município, ou má-fé no intuito de ludibriar os eleitores com propostas ou promessas que jamais poderá cumprir.