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Educar é preparar para a vida

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
05/12/2012 - 03:40
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Fala-se muito em educação para o sucesso, todavia é mais  importante ser feliz do que bem-sucedido. Embora a realização seja fundamental, quando chega sem felicidade é a pior forma de fracasso. Muitos pais querem definir para os filhos o que significa sucesso: ser empresário, ser arquiteto, tornar-se médico, advogado, economista, juiz, engenheiro etc. Mas isso não é tarefa simples, desejar isso aos filhos e conduzi-los a esses caminhos há uma distância abismal.

É preciso, aos pais, saber preparar os filhos para a vida. E prover não é preparar para a vida. É preciso orientar, saber dizer “SIM” e dizer “NÃO” quando necessário. Essas ações exigem coragem, mas, particularmente, AMOR. Quem ama cuida para a vida e não para si. Filhos não são propriedades de pais, são seres livres que precisam conquistar o mundo.

Ainda, há pais que dizem: “meu filho não cresceu, não amadureceu, não chegou ainda no seu tempo de voar”. Ora, se os pais pensam assim, como pensam esses filhos? Porque vão se esforçar se os próprios pais dizem que não chegou o tempo de alçar voo? Certamente esses filhos NUNCA vão estar preparados para a vida, para os voos solos, os pais não deixam, resolvem e decidem tudo na vida deles. Essas criaturas são proibidas de pensar. Não verdade, esses filhos são castrados pela vontade imperiosa de pais sugadores.

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Verdade incontestável é que a superproteção impede que os filhos desenvolvam os meios necessários para se manter sobre as próprias pernas. E uma lição fantástica para esse tipo de pais é ver, 10, 100 vezes o filme “Cinema Paradiso”, que ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Foi grande sucesso de bilheteria em muitos países e também no Brasil. Muitas pessoas choram durante o filme, as cenas são lindas, maravilhosas. E uma delas,  a melhor de todas, é aquela na qual o velho, que é o pai espiritual e sentimental do rapaz, que lhe ensinou quase tudo o que sabia da vida até então, diz a ele que se prepare para partir do vilarejo rumo à cidade grande: “Vá e não olhe para trás. Não volte nem mesmo se eu te chamar”. O pai manda embora o filho adorado e “ordena” a ele que vá procurar seu caminho.

Essa passagem é extremamente comovente – sai de casa aos 6 anos, para um colégio alemão – trás à lembrança a sabedoria de meu pai: “vai, filha, é preciso”! Eu descia do avião, agarrava-me às penas dele, em prantos, e pedia para ficar. Ele, emocionado, olhava firme e insistia: “vai, filha, segue a tua vida, é preciso ler e descobrir o mundo”. Tão criança, à época, não entendia a grandiosa mensagem, a esplêndida lição de AMOR. Esse homem, meu pai, nutria um amor imensurável por mim ao ponto de querer separar-se para ver-me crescer e aprender a caminhar com as próprias pernas. Morreu com a felicidade e o orgulho de saber que a melhor lição de vida ensinou: ser livre, independente, cortar o fio umbilical, igualmente o rapaz de “Cinema Paradiso”: vá, o futuro te espera, tu deves construí-lo e não eu. Isso, sim, é lição de AMOR!

Hoje a gente pensa que o tempo, a modernidade, mudou o pensamento dos pais. Será mesmo que mudou? Não é essa a impressão. Há avanços, rapazes e moças são mais livres para escolher profissões, namorados, para sair, casar, descasar. Mas não são livres para se comportarem fora dos estreitos padrões dos pais. Como desculpa, os pais dizem: o filho não amadureceu, não cresceu o suficiente, precisa ainda de apoio, ajuda. Na verdade esses pais desejam filhos reféns ad eternun.

De tudo a forma mais sórdida de dominação é aquela que se mascara, traveste-se de grande amor. O filho é tão paparicado que não desenvolve os meios necessários para seu próprio sustento. É um velho dependente de outros velhos. Esses filhos foram carregados no colo o tempo todo e suas pernas ficaram atrofiadas. Não podem andar por seus próprios meios e se tornam dependentes da família para a vida toda.

Pais fracos e inseguros fazem isso porque, na realidade, querem os filhos perto de si, exatamente como se fazia no passado. Querem os filhos por perto para suprir traumas do passado, da infância. Em nome do amor – o que é mentira – geram um parasita, uma criatura dependente. A coisa é mais grave do que era no passado: antes o indivíduo era proibido de partir. Hoje, é permitido que parta, mas ele não tem pernas para isso. Esse é o maior mal que os pais podem causar aos filhos. Eles alcançam a maioridade, 20, 30, 40, 50, 60 anos e ficam às expensas dos pais. E estes, covardemente, dizem: meu filho, minha filha não cresceu, coitadinha, precisa de apoio, proteção.

Que tal mudar de atitude e passar a estimular a autonomia dos filhos ao invés de ficar comprando casa, carro, bancando viagens  e todos os caprichos e vaidades? Amar é ensinar a caminhar, dar liberdade, ensinar a conquistar espaço no mundo. Pais assim confundem afeto com superproteção. O AFETO favorece o crescimento.

DICAS DE GRAMÁTICA
O JOGO ACONTECERÁ NO ARENA DA FLORESTA ou O JOGO ACONTECERÁ NA ARENA DA FLORESTA, PROFESSORA?
– Arena da Floresta é o nome de um estádio de futebol. Estádio, sendo palavra masculina, diz-se, então: O jogo acontecerá no Arena da Floresta, ou seja no Estádio Arena da Floresta.

Luísa Galvão Lessa – É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montréal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Membro da Academia Brasileira de Filologia. Membro da Academia Acreana de Letras. Membro Fundador da Academia dos Poetas Acreano; Pesquisadora Sênior da CAPES. [email protected]

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