As últimas apreensões de cocaína feitas pela Polícia Federal e as demais polícias entrando pela fronteira com a Bolívia e o Peru só vêm reforçar a constatação de que o narcotráfico continua insistindo em fazer do Acre mais um dos seus “corredores” ou quem sabe até um dos seus cartéis.
O que se vem constatando é que essas apreensões estão se tornando cada vez mais frequentes e a quantidade da droga também é cada vez maior. Ainda ontem se noticiava a apreensão de 80 quilos de cocaína, que vinham sendo transportados em um tanque de um caminhão.
Considerando que essas apreensões são apenas uma parte da quantidade de droga que entra, reforça ainda mais a assertiva que o narco-tráfico continua agindo nesta região de fronteira, agora com as facilidades de maior acesso com rodovias asfaltadas e aeroportos.
Sobre este aspecto, o próprio delegado da Polícia Federal, responsável pelo patrulhamento das fronteiras, alertou em entrevista a este jornal que os recursos de que dispõem as polícias não são sufi-cientes para cercar as entradas das drogas e aí se coloca mais uma vez a questão para as autoridades de segurança do Estado e do país.
Ou se leva esta questão a sério ou tudo o mais no combate à criminalidade será inócuo, porque no rastro do narcotráfico vem tudo o que não presta.