Tudo o que se fizer para assistir a essas mais de 350 famílias na volta para suas casas, depois de serem atingidas por mais uma alagação, deve ser feito. Não só pelos órgãos públicos, mas também pela sociedade que precisa ser solidária nessas horas.
Como acontecem em todas as cheias, muitas dessas famílias acabam perdendo tudo ou quase tudo e precisam do mínimo necessário para recomeçar suas vidas, desde o colchão à alimentação, produtos de limpeza.
Por outro lado, essa situação de calamidade, que se repete a cada enchente do Rio Acre e seus afluentes só vem a reforçar a constatação de que algumas áreas, alguns bairros da cidade, se tornaram, definitivamente, impróprios para a habitação e é preciso, portanto, que se comece a pensar e executar todo um trabalho de remoção de seus moradores para outras áreas.
São sempre os mesmos e insistir em mantê-los significa mais sofrimentos e mais investimentos do poder público que serão tragados e levados nas próximas cheias, cada vez mais frequentes pelo assoreamento dos rios e igarapés. Virou uma espécie de “indústria da alagação”, que precisa ser estancada, porque só traz sofrimentos e prejuízos.
Daí a necessidade de se investir no reordenamento da cidade para áreas mais elevadas e apropriadas com a construção de novos conjuntos habita-cionais. Não há outra saída.