Como se está divulgando, o governador Tião Viana decretou ontem estado de emergência diante da situação de calamidade a que chegaram os migrantes haitianos confinados em um galpão em Brasiléia, mas também para também chamar a atenção das autoridades federais e organismos internacionais que até então tem se omitido.
Como bem assinalou o governador e o senador Jorge Viana, a situação desses migrantes tornou-se insustentável e pode evoluir para uma “tragédia”, se medidas urgentes não forem tomadas para assistir os migrantes que já estão vivendo em condições precárias, sub humanas, e os que não param de entrar pela fronteira do Acre com os países vizinhos.
Além disso, pelas informações colhidas pela polícia, a maioria desses migrantes é vitima do tráfico praticado pelos chamados “coiotes”, que já estenderam seu raio de ação inclusive a outros países africanos, diante da constatação que entre os haitianos se encontram também senegaleses e nigerianos.
Trata-se, portanto, de um problema que não é mais só do Acre, que até agora tem dado sua quota de colaboração e solidariedade a este povo sofrido. O governo brasileiro e organismos internacionais precisam também assumir suas responsabilidades para dar assistência aos que já se encontram em território brasileiro e para estancar esse fluxo migratório que está se transformando em tráfico de pessoas.