Como se noticiou ontem, o governador Tião Viana decretou estado de emergência no Vale do Acre, para chamar a atenção sobre o baixo nível do Rio Acre, que banha a Capital e os municípios da região.
O objetivo da medida é o de chamar a atenção da sociedade para a necessidade, primeiro, de racionar o uso da água, já que o período de estiagem ou o “verão amazônico” deve se estender ainda por quatro ou cinco meses e o Rio Acre é o principal manancial d’água para abastecer praticamente todos os municípios da região.
Sem previsão de chuvas neste período, a tendência é a de que o nível do rio baixará ainda mais, criando sérias dificuldades para a companhia de abastecimento, não se descartando a hipótese de um possível racionamento.
Diante desse quadro, é preciso, portanto, que a sociedade comece a racionar o uso da água, evitando todo o tipo de desperdício. Ou faz isso ou amargará um racionamento prolongado, com todos os incômodos e consequências conhecidas.
A par disso, a medida serve também para conscientizar a população sobre a necessidade de preservação do rio e seus afluentes que vem se deteriorando cada vez mais com todo tipo de agressões. A começar pela devastação da mata ciliar e do despejo em seus leitos de todo tipo de dejetos.