Depois da conturbada sessão da última quarta-feira, que acabou repercutindo no país inteiro através da mídia, é de esperar que os membros do Tribunal de Justiça do Acre se recomponham e reassumam suas funções de magistrados da mais alta corte de Justiça do Estado.
Eles próprios hão de convir que o comportamento de alguns não se coaduna com a grave responsabilidade a que estão investidos de operar a justiça, com serenidade, isenção e até bom senso.
Mesmo diante de um caso que está suscitando polêmica, não podem perder e se perder em desavenças até pessoais, como se assistiu.
Sobretudo, de quem teria, na ocasião, a responsabilidade de conduzir os trabalhos de forma isenta e não como um “tribunal de exceção”, como chegou a denunciar um dos desem-bargadores e o representante do Ministério Público, os quais, em protesto chegaram a despir as togas e abandonar o plenário.
De um magistrado e, sobretudo, de uma corte ou colegiado de Justiça, a sociedade espera um comportamento compatível com a responsabilidade a que estão investidos. E não condutas estabanadas, arbitrárias, monocráticas, como se assistiu de alguns membros que se valeram até de uma bisbilhotice policialesca para colocar em suspeição um dos membros da corte.