Mais um dia de grandes manifestações e protestos em todo o país, desta vez organizados pelas centrais sindicais e pelo funcionalismo público federal, com reivindicações específicas das classes trabalhadoras.
Diferentemente das primeiras manifestações espontâneas que surgiram para protestar contra o aumento das passagens de ônibus e reivindicar melhorias nos serviços públicos essenciais, os sindicalistas pleiteiam mudanças na legislação trabalhista, cujos projetos estão em tramitação no Congresso Nacional há quase vinte anos.
Neste aspecto, mais uma vez, se constata a falta de sintonia ou a insensibilidade da classe política para com a realidade do país e as reivindicações do povo brasileiro, no caso, da classe trabalhadora.
Por isso mesmo, apesar dos transtornos que essas manifestações possam gerar, elas são legítimas e necessárias para obrigar os governantes e a classe política a reverem seu comportamento, suas prioridades e atenderem as reivindicações.
Na verdade, não se está pedindo ou exigindo muito ou o impossível. Ou mesmo nenhuma revolução. Pelo que se está assistindo, a população e agora os trabalhadores querem a melhoria dos serviços públicos essenciais e algumas mudanças na legislação trabalhista.