O número de haitianos nas fronteiras do Acre começou a crescer. Por isso, o governador Tião Viana decretou desde ontem, dia 26, o estado de emergência social para Brasileia e Epitaciolândia. O decreto será publicado na edição deste sábado do Diário Oficial do Estado. As informações foram divulgadas nesta sexta, pela Agência Brasil.
O objetivo desta medida é tomar as providências necessárias para o controle e amparo social dos imigrantes do Haiti e de outros países que usam estas 2 cidades acreanas como porta de entrada para o Brasil. Ele prega que as secretarias estaduais de Justiça e Direitos Humanos e a de Desenvolvimento Social devem ficar em alerta máximo, para desenvolver ações humanitárias, bem como a regularização (no caso dos haitianos) deles no país, em Brasileia e Epitaciolândia.
A medida também visa que as demais secretarias e órgãos estaduais priorizem as demandas das pastas da Justiça e do desenvolvimento social. E que complementem estas ações. Será o caso da secretaria de Saúde (Sesacre), que terá de implantar ações emergenciais para cuidar dos imigrantes (que têm problemas para se adaptar à comida e água local), ao mesmo tempo em que garante a extinção dos riscos de contaminação de doenças infecciosas trazidas pelos estrangeiros (exemplo: malária, Aids, febre amarela, entre outras) à população acreana.
Esta já é a 2ª vez neste ano que o Governo do Estado decreta situação de emergência social por causa da vinda indiscriminada de haitianos e imigrantes de outras nacionalidades. A 1ª vez em que um decreto neste sentido foi assinado pelo governador Tião Viana foi no dia 9 de abril. Na ocasião, lá atrás, o Acre enfrentava um ‘ápice’ em relação à presença dos haitianos. Só no 1º trimestre, mais de 2,7 mil haitianos já haviam cruzado as fronteiras do Estado, sendo que 1,7 mil deles haviam entrado no país pelo Acre em menos de 20 dias.
O decreto do governo foi publicado 1 dia após o prefeito Marcus Alexandre decretar o estado de emergência ambiental em Rio Branco. Porém, os decretos não têm nada a ver um com o outro. A preocupação na Capital é com o aumento das queimadas urbanas, e não com os haitianos.