Em boa hora, o presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Dirceu Augusto da Silva, veio a público para responder a grave denúncia de um preso que teria sido barbaramente torturado no presídio, a ponto de estar quase cego e sem poder andar.
Como se divulgou ontem, o diretor do Iapen esclareceu que o detento já chegou doente de Rondônia, onde estava detido. Havia inclusive sofrido um derrame cerebral , causa provável das sequelas que está apresentando e não de maus-tratos ou tortura que teria sofrido aqui no presídio Antônio Amaro. Além de fornecer a ficha do detento, acusado, entre outros crimes, de homicídio, roubos e motins em presídios por onde passou.
Elogiável e, sobretudo, necessária a atitude do diretor do Iapen para impedir que se prosperasse apenas uma versão dos fatos, como alguns veículos de comunicação vinham alardeando, e sobre os quais agora o Ministério Público e a Polícia Civil apurem com rigor a sua veracidade para que a opinião pública saiba a verdade.
Como já se disse, a tortura é sempre condenável e abominável à luz dos direitos humanos e da legislação. Justamente, por este motivo é que as denúncias precisam ser apuradas com toda a seriedade e rigor para que criminosos e espertalhões não se valham da repulsa da sociedade para encobrir suas mentiras e seus crimes, como tudo indica ser o caso desse sujeito.