Além das festividades, a comemoração de mais um aniversário da chamada Revolução Acreana deve servir também para uma séria reflexão sobre os destinos deste Estado que, num caso raro, se tornou brasileiro por opção de seu povo.
Exatamente por este feito histórico é que os diversos segmentos da sociedade devem, em primeiro lugar, valorizar, sem ufanismos mas na medida certa, a bravura dos seus antepassados. Não só os chamados “heróis” dessa revolução, mas, sobretudo, o povo e notadamente os seringueiros que pegaram em armas para conquistar este pedaço de território dos domínios bolivianos.
Sem perder esse forte apelo histórico, a independência deste Estado ainda está para ser completada, na medida em que precisa investir mais nos mais diversos setores de sua economia, ainda bastante dependente dos repasses da União e de outros organismos financeiros.
Disponibilidade de recursos existe e, pode-se dizer, em fartura. O que se tem a fazer é continuar investindo na produção, para a geração de empregos e renda, e na educação em seu sentido mais abrangente. Passos importantes vêm sendo dados, mas é preciso mais para fazer deste Estado modelo de desenvolvimento sustentável. É uma nova “revolução” por se fazer.