Ainda que tardias, uma a uma essas empresas que ofereciam ga-nhos rápidos e até milionários aos seus clientes estão sofrendo ações judiciais, acusadas de lesar a boa-fé e a economia popular. Aqui, no Estado, duas delas, a Telexfree e BBom, já tiveram suas contas bloqueadas pela Justiça local e de Goiás, respectivamente, e agora chegou a vez do Acre Cap Legal.
Como se noticiou ontem, atendendo liminar do Ministério Público Federal, a Justiça Federal suspendeu a comercialização dos títulos de capitalização da empresa, acusada de estar praticando “jogo de azar” e outras contravenções.
Como se tem acompanhado, essas decisões têm causado verdadeira comoção social devido aos prejuízos infringidos aos seus clientes. Em alguns casos, verdadeiras tragédias individuais ou familiares de quem apostou tudo o que tinha e não tinha, na ilusão de obter lucros estupendos e, de repente, se viu sem nada.
Nada a contestar nessas ações judiciais ou no direito dessas empresas em se defender. O que está em jogo é, de fato, a boa-fé e milhares de pessoas que precisa ser assegurada pelo Estado e pela Justiça contra essas arapucas.
Por isso mesmo, essas ações deveriam ser mais rápidas para evitar que essas empresas se instalem com tamanha facilidade e montem seus esquemas de exploração.