O deputado Geraldo Pereira (PT) disse não acreditar que as enchentes, que assolam Rondônia e o país vizinho, à Bolívia e como consequência afetam diretamente o Acre com o fechamento da BR-364, tenham ligação com a construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.
“Não acredito! De vez enquanto acontece uma situação parecida em outras regiões da Amazônia. Lembra a grande cheia do Rio Negro e depois a grande seca?” recordou o deputado.
Geraldo Pereira voltou a cobrar a necessidade urgente da ponte sobre o Rio Madeira, no trecho chamado Abunã. Ele também reconheceu a necessidade de elevar a pista de rolamento no trecho afetado pelas águas do Madeira. Pereira argumentou que ao passar dos anos é necessário ajustes, pois a natureza está sempre em movimento.
“A ponte diminui o tempo de transporte e aumenta a sensação de independência. Mas, o problema já não é, apenas, a falta da ponte sobre o Rio Madeira! Será preciso, com mais urgência, elevar o greide da pista, na parte que está inundada, em pelo menos 1 metro”.
Os parlamentares de Rondônia já pensam em instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar essas informações sobre a possível interferência das hidrelétricas no ecossistema da região. Entretanto, outra parte defende que não cabe uma discussão nesse sentido tendo em vista que as obras já possuem um estudo geoambiental sobre os impactos das obras.
As cheias na região de Beni, na Bolívia já afeta a economia da região. Pelo menos 90 mil cabeças de gados morreram com as enchentes. O prejuízo estimado ao governo boliviano é de U$ 50 bilhões. Sobre esse assunto Geraldo Pereira ressaltou que é um “prejuízo gigantesco para a frágil economia boliviana”.