O deputado Walter Prado (PEN) questionou, em seu pronunciamento ontem, 25, na Aleac, o número real de servidores afetados pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3609). O parlamentar pediu que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) se pronuncie sobre o quantitativo real de servidores.
“Eu quero enfocar um assunto e pretendo fazê-lo de forma que eu não seja incompreendido. Eu tenho acompanhado à imprensa e quero fazer um apelo a Procuradoria Geral do Estado (PGE), que vá aos meios de comunicação e diga o número efetivamente de servidores ilegais. Nada mais certo que a verdade. É bom para a mente, para o psicológico”, destaca o parlamentar.
O deputado governista disse que nos últimos dias vem recebendo diversas ligações de servidores públicos pedindo informações. O parlamentar acrescenta que a tortura psicológica se configura como a maior das torturas. Prado pediu que o Comitê dos 11 Mil também manifeste e tranquilize as classes de trabalhadores. “Eu não conheço nehuma tortura maior que a psicológica. Se o Comitê tiver algum número que venha a público e diga. Eu respeito a luta sindical e do deputado Moisés Diniz”, reiterou Walter Prado.
Walter Prado reconheceu o empenho do governador Tião Viana (PT), por meio da PGE na defesa dos servidores. Ressaltou, ainda, que Tião Viana tem concedido um olhar diferenciado ao funcionalismo público, sendo solidário às causas sociais. “Mesmo sendo esse número, tenho certeza absoluta que a postura do Tião é que não haja nenhuma demissão”.
Já no horário destinado as lideranças partidárias, Walter Prado pediu uma investigação quanto à hipótese de que as usinas de Jirau e Santo Antonio sejam as responsáveis pela grande enchente no Rio Madeira, prejudicando os produtores rurais da região e as cidades às margens daquele rio. O deputado elogiou o posicionamento do senador Jorge Viana (PT/AC) ao defender que seja apresentado um estudo geológico do problema, mas não poupou críticas ao deputado federal Sibá Machado (PT/AC) que afirma que as hidrelétricas nada tem haver com as enchentes no Madeira.
“Eu vou volto agora no horário do meu partido, para dizer que não precisa ser engenheiro para fazer essa constatação sobre as enchentes no Madeira. Nesse sentido, devo concordar com o presidente Evo Morales, que levanta essa hipótese das hidrelétricas serem as responsáveis por essa alagação. Ele levanta uma questão que é séria. O senador Jorge Viana, que é engenheiro florestal também questiona”, diz o parlamentar do PROS.
O parlamentar lembrou que a construção dessas hidrelétricas foi o estopim para que a ex-ministra Marina Silva deixasse o Ministério do Meio Ambiente, no Governo Lula. Na época, a presidente Dilma Rousseff era ministra das Minas e Energia, de Lula. Ele acompanhou o discurso da deputada Antonia Sales (PMDB) que alertou para um possível aumento nos preços dos alimentos.