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Dirigentes do Acre são contra Série E: “Essas séries só trazem prejuízo”

O movimento Bom Senso F.C. apresentou algumas propostas para o futebol brasileiro na última segunda-feira (17). Entre elas, a criação de mais uma divisão no Campeonato Brasileiro e a transformação dos estaduais em copas, no formato da Copa do Mundo. O GloboEsporte.com ouviu os dirigentes do futebol acreano e os cartolas se posicionaram contra a Série E.

Atual campeão acreano, o Plácido de Castro representou o Acre na Série D da última temporada. O presidente do clube Josué Carvalho, se colocou contra a Série E e sugeriu até o fim da Quarta Divisão.

“Se fosse por mim acabaria até a Série D e reformaria a C. Essas séries só trazem prejuízo, só dívida. O Plácido está endividado hoje por conta da Série D. A gente sabe que não dá público e não tem como manter um time bom. É uma série perversa e criar outra é levar o ‘pescoço para a forca’. Eu sou contra”, declarou o dirigente.

O presidente do Atlético-AC, Edson Izidório, se colocou contra a criação da Série E e afirmou que o ideal seria fortalecer as divisões já existentes.

“Não dão estrutura nem para a Série D. Da forma que está aí eu sou contra. Os clubes participam do campeonato e não têm receita nenhuma. Acho que ficaria até mais longe das Séries C e D. Acho que o ideal era fortalecer as séries que já estão em disputa”, opinou Edson Izidório.

Criar alternativas
Por telefone, o presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC), Antônio Aquino Lopes, foi cauteloso. O cartola destacou que é preciso criar alternativas financeiras para os clubes para poder criar uma nova divisão.

“Eu vejo dessa maneira: quem vai bancar a proposta da Série E? Os clubes aguentam jogar o ano inteiro? É muito fácil criar e jogar a responsabilidade para os clubes. Não sou contra, mas para criar acho que tem que dar condições aos times se manterem. A gente sabe que no Brasil não temos sustentação econômica para isso”, disse Aquino.

Uma das principais mudanças da proposta do Bom Senso é a criação da Série E, com 452 times. Cada um disputaria um mínimo de 30 jogos e um máximo de 34 num formato de 36 grupos com 12 equipes em cada. As Séries C e D também sofrem alterações. A terceira, com 48 clubes, teria o mínimo de 34 e o máximo de 38 partidas. Na quarta, 144 equipes disputariam de 32 a 38 jogos, e 36 seriam rebaixadas para a nova quinta divisão, na qual também haveria acesso das 36 melhores. (Globoesporte.com/ Foto: Cedida)

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