JOSÉ PINHEIRO
O deputado Moisés Diniz (PCdoB) propôs às financeiras que suspendam por 120 dias a cobrança de empréstimos consignados no Estado. Ele citou o exemplo do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que sinalizaram pela suspensão na cobrança tendo em vista à debilidade na economia acreana causada pela enchente do Rio Madeira.
O parlamentar disse que convidará todos os empresários do setor para uma conversa. Segundo ele, o momento é delicado e necessita dessa compreensão social por parte das financeiras. Moisés alertou que se os empresários não aceitarem o convite, ele utilizará das suas prerrogativas parlamentares para convocá-los a discutir o tema.
“São pelos menos 30 mil servidores que mantêm empréstimos consignados. É um contingente altíssimo. Milhares de acreanos têm empréstimos consignados. O Banco do Brasil suspendeu por 120 dias e a Caixa Econômica sinalizou a fazer o mesmo”.
Outra medida anunciada pelo deputado é a realização de uma reunião com representantes sindicais, empresários, além de parlamentares para buscar saídas junto à Caixa Econômica para a liberação do pagamento do FGTS a todos os acreanos. Atualmente, a liberação é feita apenas às pessoas afetadas diretamente pela cheia do Rio Acre.
Diniz quer, também, estimular um debate junto à bancada federal para que sensibilize o Ministério da Integração Nacional a reconhecer o ‘Estado de Calamidade Pública’ decretado pelo governador Tião Viana (PT) no início do mês. Com a iniciativa, os agentes financeiros podem tomar medidas como o pagamento do FGTS a todos os trabalhadores que atuaram com carteira assinada e que têm recursos recolhidos frutos do fundo junto à Caixa.
“O dinheiro do FGTS é dos trabalhadores. É só o Ministério da Integração Nacional reconhecer o Estado de Calamidade Pública. A superintendente da Caixa me garantiu o pagamento de todos os trabalhadores”, assegurou o deputado.