Não existe nada de precipitado em planejar medidas que o Acre e Rondônia devem tomar no sentido de reconstruir a BR-364 quando as águas do Rio Madeira derem uma trégua para a estrada. É verdade que o Estado passa hoje por um momento delicado na logística do seu abastecimento de inúmeros produtos. Também é verdade que esta crise deu uma estagnada na nossa economia e atrasou vários de nossos planos. São fatos, e estão acontecendo agora.
Mas, em se tratando de tempos difíceis, não podemos centrar toda a nossa atenção no hoje e ignorar a hipótese de que dias melhores só virão no futuro se começarmos a buscar alternativas no presente momento. Só deita numa cama macia quem antes a prepara com bons lençóis.
Por tudo isso, leitor, não se espante ao ouvir discursos acalorados de políticos cobrando ações imediatas ou estratégias de gestores públicos para remediar os problemas que certamente virão e persistirão sobre a nossa única estrada de ligação ao restante do país. Tais atitudes são necessárias. E não devem ficar à margem das ações urgentes para manter o Acre abastecido.
Precisamos cobrar mesmo do poder público federal que ajude a reparar a nossa estrada. E com urgência. Não é nenhum favor. É obrigação. E, acima de tudo, esteja ciente leitor que só superaremos este momento com a colaboração de todos.