Na manhã de ontem, 14, no auditório da Assembleia Legislativa, o bloco de oposição liderado por Tião Bocalom (DEM) e Roberto Duarte Júnior (PMN) apresentou o nome do vice-governador para compor a chapa majoritária. O escolhido foi o deputado federal Henrique Afonso (PV).
Henrique Afonso (PV) que manifestou apoio a Bocalom assim que deixou a Frente Popular recuou da ideia e aliou-se ao grupo de Márcio Bittar (PSDB/AC) e Gladson Cameli (PP/AC), mas logo em seguida declinou da proposta alegando falta de diálogo e espaço para a composição Bittar e Gladson. Agora, segundo Henrique Afonso, o apoio é pra valer.
“Ora fomos vaiados, ora fomos aplaudidos. Mas nós precisávamos conhecer a oposição e chegamos ao Bocalom. Sempre digo que temos que ter paz no coração e eu sinto isso aqui com o Bocalom”, descreveu o pré-candidato a vice.
Henrique Afonso não poupou crítica à Frente Popular. Disse que a coligação que governa o Estado está ‘estagnada’ e baseia-se na ‘unificação do poder’. Ele comparou a FPA como um produto que perdeu a validade.
“A FPA é mercadoria vencida. Está saturada. Uma concepção estagnada que cai no pleno do individualismo e da familiocracia. O nosso lugar é o Acre. A nossa principal bandeira está lá fora que é o povo”, destacou Henrique Afonso.
Já o presidente do Democrata e pré-candidato ao Governo do Estado, Tião Bocalom, afirmou que não teme disputar as eleições mesmo com pouca estrutura partidária, contando apenas com 3 partidos. Segundo ele partido não decide eleição, mas sim, o povo.
A presidenta do PV, no Acre, Shirley Torres disse que está superada a questão ideológica partidária. Segundo a presidenta em outros estados brasileiros o PV tem coligação com o DEM. Ela citou como exemplo, Salvador, que tem uma vice do PV, Célia Sacramento, e o prefeito é do DEM, ACM Neto. Shirley Torres falou ainda em integridade e alfinetou as outras chapas que disputarão as eleições.
Seguindo a deixa da presidenta regional do PV, o pré-candidato ao Senado Federal, Roberto Duarte Júnior fez um desafio. Pediu que procurassem nos tribunais brasileiros algum processo contra membros que compõem o quadro majoritário. Ele defendeu a ética e a moral na administração pública.
“A nossa chapa é íntegra, com muito respeito, muita plenitude, muita moral. Pode pesquisar em qualquer tribunal desse país que não vai encontrar nada sobre nós”, defendeu o pré-candidato.