O que deveria ter acontecido há três, quatro anos, deve ocorrer na próxima semana em Brasília: um encontro entre os governadores de São Paulo e do Acre, com a intermediação do Governo Federal, para debater a questão da imigração dos haitianos.
Com este encontro, espera-se que cesse a troca de acusações entre os dois governos, que se assistiu nos últimos dias, e se discuta em toda a sua extensão um grave problema que vinha sendo ignorado pelos governos sulistas e pelo próprio Governo Federal.
Além das medidas a serem tomadas para acolher e assistir esses migrantes, espera-se também que o problema seja debatido e atacado em suas raízes. Ou seja, medidas efetivas para combater um esquema perverso e criminoso de tráfico humano que vem sendo perpetrado há anos contra esses migrantes por atravessadores ou coiotes.
Ou se tomam essas medidas, envolvendo inclusive outros países por onde passam esses migrantes, ou aí sim o Brasil estará sendo conivente com este esquema perverso contra um povo que já sofreu horrores com o terremoto que destruiu seu país.
Até agora esta exploração não foi suficientemente denunciada e combatida como deveria, mas é necessário que entre na pauta das discussões.