A rigor, não precisava a cheia do Rio Madeira, que isolou o Acre do país, para mostrar às autoridades deste Estado e, sobretudo, aos empresários locais que há um outro mercado promissor tanto para o abastecimento de produtos essenciais, como alimentos, combustíveis e material de construção como também para exportar seus produtos excedentes.
Está-se falando dos países vizinhos, de modo particular, o Peru, que socorreu o Estado nesta crise aguda pela qual o Estado passou com a cheia do Rio Madeira.
Há quase 50 anos que se vem falando que o futuro do desenvolvimento do Acre estaria na decantada “saída para o Pacífico” com a construção da rodovia Interoceânica. Pois a rodovia está pronta e mesmo assim pouco ou nada se vinha fazendo para estabelecer o intercâmbio comercial com os países vizinhos.
Depois dessa experiência bem sucedida, é de esperar agora que a classe empresarial aprofunde os estudos e o debate, como já vem fazendo, para, enfim, começar esse intercâmbio com bases mais sólidas e duradouras.
Como se espera dos governos locais e federal todo apoio a essa iniciativa, derrubando as barreiras alfandegárias e outras burocracias, para facilitar essa troca.