O deputado Moisés Diniz (PCdoB) irá propor à bancada federal que atue junto ao Ministério das Comunicações e à Agência Nacional de Telecomunicações para que sejam instalados na zona rural do Estado telefones públicos, os chamados orelhões.
Ele explica que a necessidade é latente. O parlamentar disse saber dos custos para instalação de um aparelho na zona rural, pois na maioria dos locais é necessária uma central que enviará os dados via satélite.
Diniz ressalta que o cálculo base das operadoras é de 300 habitantes para um aparelho público. O deputado afirma que as operadoras utilizaram de ‘esperteza’ ao fazer o cálculo e citou exemplos de cidade como Rio Branco que possui orelhões a menos de 200 metros um do outro. O parlamentar revelou que as empresas dividem o número de habitantes por 300 e o quociente disso seria o número de aparelhos a ser instalado.
Outra revelação feita pelo deputado aponta que mais de 250 aparelhos em Rio Branco estão com problemas. O deputado acreano ressalta que com o avanço da telefonia móvel, esse serviço se tornou desnecessário nas cidades, entretanto, ainda sendo indispensável em localidades mais distantes.
“Vamos propor que esses telefones sejam transferidos para comunidades indígenas e rurais na proporção do custo. A zona rural está literalmente abandonada do ponto de vista da comunicação. Por falta de comunicação pessoas morrem”, disse Moisés Diniz.
O parlamentar salientou que atuará nesse primeiro momento de modo diplomático, mas caso a Anatel e o Ministério das Comunicações não apresentem uma proposta para o caso, ele acionará judicialmente.
“Se não houver sensibilidade, caso não haja receptividade pelos políticos do Acre, eu vou judicializar isso. Existe uma lei federal que deve ser cumprida”, destacou.