Os prefeitos do interior, desde que assumiram o cargo, no começo do ano passado, parece que combinaram para reclamar todos do mesmo problema: pegaram as prefeituras já ‘quebradas’. E agora, como se não bastasse à falta de recursos, eles ainda têm que lidar com as consequências de não ter suas contas em dia. A maior delas é este bloqueio de mais de R$ 2 milhões do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), que afeta diretamente 10 prefeituras acreanas.
Não é segredo para ninguém que as gestões municipais dependem muito deste recurso para sobreviverem. Seus orçamentos são baixos. Ficam no limite das despesas. E, com a parcela do FPM, que deveria ter sido paga desde o dia 10, ‘congelada’, as prefeituras sofrem.
E vão continuar na miséria se nada for feito. Se o risco de colapso é iminente, caso o FPM não seja depositado, os gestores municipais precisam fazer alguma coisa. Nem que seja ir pra frente do planalto para estender cartazes ‘liberem nosso FPM’, escolher alguém pra pedir com jeitinho pra Dilma ou algo do tipo. Ficar de braços cruzados é que não dá.
Se a próxima parcela não cair na conta, no dia 20, a bola de neve das dívidas pode ficar incontrolável.
E, a longo prazo, os prefeitos devem buscar soluções um tanto mais definitivas para não ficar neste desespero quando der problema no repasse do FPM. Afinal de contas, sempre é bom ter um plano B.