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Seguir com o debate

Sem nenhum aviso prévio, membros dos ministérios públicos do Trabalho, federal e estadual, além de entidades internacionais, como a OIM, chegaram para ver como os imigrantes estão vivendo no abrigo em Rio Branco. A visita foi súbita. Repentina, mas trouxe à tona uma questão social que merece discussões mais aprofundadas.
Desde 2010 os haitianos começaram a chegar no Acre. E aqui, com o apoio apenas do governo local, e uma ou outra ajuda federal, eles passaram a sobreviver dia após dia. O sonho de que teriam uma vida melhor na ‘pátria amada Brasil’ foi se esvaindo aos poucos diante de um caminho marcado pela violência, roubos e até estupros.

Já em solo brasileiro, tendo o Acre como porta de entrada, eles tinham esperança de que as coisas iriam melhorar. Mas as limitações de um Estado modesto, a burocracia da regularização e as inúmeras tentativas de vista grosso do Governo Federal não deixaram isso acontecer. Durante quatro anos foram só capítulos cada vez mais dramáticos desta novela.

Mas hoje tudo mudou. O abrigo na Chácara Aliança é bem melhor do que a situação daqueles que já tiveram que dormir no chão em Brasiléia e Epitaciolândia, com fome, com frio e com sede. Um progresso que os representantes que vieram a Rio Branco ontem não puderam deixar de constatar.

Só que este ainda não é o cenário ideal. E o Acre já chamou a atenção para isso não só do Brasil, como do mundo. Agora o debate precisa avançar. Medidas definitivas precisam ser tomadas. Já chega das paliativas.

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