E quase passada a euforia da Copa, se aproxima outro evento igualmente excitante, as eleições.
Órgãos como o Tribunal Regional Eleitoral e os Ministérios Públicos já se agitam em torno da melhor organização possível do pleito.
Mas ao eleitor sempre cabe lembrar mais uma vez: a representação política calcada nas eleições só tem sentido, na medida em que os mandatos sejam utilizados para fortalecer a organização popular.
O que se observa ainda hoje é um parlamento corporativista, numa perspectiva pessoal e privada. Tal situação é contrária ao que se sabe, desde o filósofo Aristóteles, sobre a verdadeira política na sua função mais dignificante, algo que só podemos mudar pelo voto consciente.
Cabe sempre ressaltar que um voto comprado não garante poder de manifestar a insatisfação ou de cobrar o que é melhor para a família e para a sociedade, porque simplesmente ele já está corrompido no seu embrião.
É preciso bom senso e discernimento sobre o querer, o poder e o dever, três componentes essenciais para a ética, em qualquer área da atividade humana.
Afinal é bom refletir sobre o que se pode, mas não se deve fazer e sobre o que se quer, mas não se pode. Só assim, a sociedade será bem mais justa e ordeira.