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Paixão bandida

Em maio deste ano o Acre inteiro se chocou com um vídeo jogado na net de uma mulher sendo espancada pelo ‘namorido’ de terçado. E o pior, outra pessoa filmava tudo e ria da ‘surra’ e da humilhação que a mulher estava passando. Enquanto o rapaz (um presidiário) batia na mulher, ele apenas dizia que aquele era o castigo por uma suposta traição. O troco por ‘trair malandro’.
O caso revoltou tanto a cidade que a polícia e demais autoridades foram atrás de descobrir e punir os autores do vídeo nada engraçado. Resultado: pegaram eles. Foram presos. O autor da agressão ainda se disse arrependido e que não faria de novo, se pudesse ‘voltar no tempo’.

Parecia que era o fim da história. Mas não foi. Agentes penitenciários agora denunciaram que a mesma mulher (a vítima coitada que apanhava no vídeo e que teria tentado se esconder do agressor, por tê-lo denunciado) já teria começado a ir visitar o namorado na prisão. Foram três visitas na última semana.

No final das contas, a mulher pode acabar perdoando o covarde que a espancou. Voltando pra ele. E isso só mostra uma triste realidade no Acre: mulheres que não se cansam de ser vítimas. Um erro cíclico que pode ser fatal para elas. Políticas públicas tentam ser disseminadas para que as mulheres vítimas deixem esta vida de agressões.

Mas, infelizmente, para alguns casos, é como diz o velho ditado: “tem pessoas que simplesmente não querem ser ajudadas”.

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