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Prisão não é casa

As coisas ficaram tumultuadas na unidade prisional de segurança máxima Antônio Amaro Alves. Nos últimos dias, os presidiários têm feito muitas reclamações. Alegaram que a comida era de péssima qualidade. Que havia superlotação e que as condições do local eram ruins para se viver. Quiseram até que a juíza da Vara de Execuções Penais fosse ao local. E, quando ela não deu as caras, queimaram colchões, além de promoverem a inusitada greve de fome.   
Isso tudo acende uma velha polêmica sobre o sistema prisional. Os transgressores da lei merecem um lugar ‘maravilhoso’ para serem retidos, ou os presídios têm realmente que ser um lugar onde ninguém quer ficar?

As pessoas são presas, mas não deixam de ser pessoas. Mesmo privadas de liberdade, elas ainda têm seus direitos de ter uma vida digna. De trabalhar, ganhar seu dinheiro. Receber visitas das pessoas que amam, dormir e comer em locais não insalubres, além de receber assistência médica.

Neste caso da UP-AAA, os presidiários podem até ter certa razão. Mas perdem todo o direito quando apelam para a destruição de patrimônios públicos (os colchões) e para pressões com greves de fome, entre outras coisas. O Iapen respondeu que não há superlotação na unidade, Mas eles insistem, mesmo já tendo chamado a atenção de todos, em fazer protesto.

A partir de agora, se algo está ruim, eles deveriam partir para o caminho do diálogo, com os agentes penitenciários, com os gestores, magistrados, etc. Já com algazarra e com medidas extremas é até melhor que não consigam nada.

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