A cena foi mais um presságio da desgraça iminente que acreanos e rondonienses estão à beira de viver (e de novo) com esta travessia de balsas no Rio Madeira. No caso, uma carreta bitrem carregada com 50 mil litros de óleo diesel tombou da balsa e seu compartimento com o combustível foi parar dentro do rio. Ficamos à beira de presenciar uma catástrofe ambiental.
Notícias assim são comuns de serem noticiadas na região Sul e Sudeste do país. Mas imagine um estado como o Acre, com a sua reputação de ‘bom menino’ para com o meio ambiente, ter em sua ficha um vazamento de combustíveis desses na sua divisa com Rondônia. Seria bem ruim.
E tudo porque, mais uma vez, não temos a bendita ponte que estabeleça uma ligação terrestre mais segura com o restante do país. Sempre ela. Vira e mexe e a necessidade dela aparece.
Isso é uma prova de que o Acre e Rondônia cresceram. Progrediram. Mas precisam de estrutura para sustentar estes avanços. Já está mais do que na hora de superarmos a exclusividade do transporte de produtos, como combustíveis, por balsas. Transporte pelo rio é bom? Sim. Só que ele deve ser um caminho complementar. E não o único caminho.
Até quando vamos ficar alimentando esta eterna sina de ‘isolados’?