A apreensão desses 90 quilos de cocaína e armas pela Polícia Federal na região do Juruá só reforça a constatação de que o narcotráfico continua insistindo em fazer do Acre e outros estados amazônicos entrepostos ou até mesmo cartéis para suas criminosas operações.
Pela proximidade com os dois países tidos como maiores produtores da droga, é previsível que isso esteja ocorrendo. Daí a necessidade de as autoridades de segurança do país e desses estados em reforçar o combate na fronteira tanto em recursos humanos quanto tecnológicos.
Neste caso, cabe, sobretudo, à Polícia Federal um papel preponderante neste combate ao narcotráfico, mas é sabido que, por mais que se insista e se mostre, ela ainda não dispõe dos recursos necessários para fazer este enfrentamento.
Porém, é necessário que se insista sobre a questão, considerando que é o narcotráfico que alimenta a criminalidade que grassa no país, pois é sabido que no rastro do narcotráfico vem tudo o que não presta: a formação de quadrilhas ou cartéis, a disputa por ‘territórios’, o latrocínio e até mesmo a corrupção de agentes públicos.
Não se pode ter ilusão: a criminalidade só vai diminuir na medida em que as autoridades e a própria sociedade tomarem consciência sobre a necessidade de um combate mais eficiente ao narcotráfico.