Parece brincadeira, mas é a segunda vez em menos de duas semanas que os usuários de internet no Acre e em Rondônia ficam sem sinal por um tempo considerável. Tecnologia antes considerada luxo, hoje a rede mundial de computadores é indispensável para atividades essenciais, como consultar a conta bancária, vender um artigo ou pesquisar praticamente qualquer coisa.
Por isso mesmo, considerando-se as tarifas exorbitantes que se pagam pelo serviço que sempre foi pífio, é revoltante o tratamento dado pelas operadoras à qualidade do sistema.
Não há o mínimo de respeito aos clientes e a alegação é sempre a mesma: cabos de fibras óticas rompidos lá nos ‘cafundós do Judas’. O mais tétrico disso tudo, no entanto, é observar a falácia de nossos parlamentares estaduais sobre uma tal CPI da Telefonia, cujo propósito inicial, segundo os próprios deputados, seria expor à sociedade o que há de mais obscuro para que o serviço não seja oferecido na sua plenitude.
Mas para a tristeza de todos, ela nunca saiu das gavetas, se é que pelo menos existiu coisa parecida dentro de alguma mesa na Assembleia Legislativa. E a população ficou a ver navios como no tempo em que faltava energia e a culpa era da ‘mucura’. A diferença agora é que os responsáveis são os ‘tatus’ em seus encontros subterrâneos com os cabos óticos. Com a palavra, o Ministério Público Federal.