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A vontade do povo

Os sábios já diziam: política é igual religião e futebol, não se discute. A verdade é que nela cada um enxerga suas opiniões, suas vontades, seus preconceitos, seus julgamentos e, acima de tudo, seus interesses. O verdadeiro princípio fundamental da política, a coletividade, acaba esquecido.

Ontem o Tribunal Superior Eleitoral negou uma ação e absolveu o governador Tião Viana; o seu vice, César Messias; o secretário de Indústria, Edvaldo Magalhães (que em 2010, como muitos se lembram, era candidato a uma das duas vagas ao Senado); e o senador Jorge Viana. Tudo ainda referente às eleições majoritárias passada. Aquela de 2010.

A ação em si deixou de ser um instrumento judicial e se transformou em um fato político há muito. E um fato tem sua verdade absoluta. Mas as impressões e opiniões sobre ele, vai de cada um que o interpreta. E uma destas interpretações leva à reflexão de que, as vezes, pessoas derrotadas nas urnas não aceitam o resultado de um processo eleitoral transparente e seguro.

Tentar tirar nos tribunais a escolha do povo é, no mínimo, um desperdício do tempo e dinheiro que instituições jurídicas recebem dos cofres públicos. E isso deve parar. Governantes têm, sim, mas mediante a apresentação de provas concretas para isso. Não por inimizades.

Por conseguinte, os sábios deveriam acrescentar o seguinte: voto é supremo. Nem tapetão na Justiça deve mudar. Afinal de contas, o Judiciário é um poder do povo. E deve servir à vontade deste povo.

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