Um técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esteve durante o final desta semana no Acre. O motivo da visita foi para verificar se a estrutura da rede de saúde local está mesmo preparada para impedir a entrada do vírus Ebola no país, pelas fronteiras do Acre.
A necessidade da vinda do profissional é pelo alto fluxo imigratório de senegaleses no Estado. Só no começo da semana, chegaram ao abrigo em Rio Branco 400 novos imigrantes. O que leva à reflexão: há motivos para tanta preocupação com o Ebola?
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, acredita que não. Ele disse ontem que os senegaleses não devem trazer o vírus para o Brasil usando o Acre como porta de entrada, uma vez que as viagens deles até aqui levam cerca de 45 a 60 dias. E o período de incubação do Ebola é de até 21 dias.
Ainda assim, todo cuidado é pouco. Por isso, o técnico que visitou o Acre deve colaborar para a conclusão do Plano de Contingência estadual contra a doença e deve redigir o seu próprio parecer técnico sobre o que ele viu aqui sobre nossos mecanismos de prevenção à doença.
E são justamente estes documentos que devem ser compartilhados pela Secretaria de Saúde para com a população. Os acreanos precisam saber como estaremos prontos para lidar com a doença, caso ela se torne uma realidade por aqui.