A cidade ficou chocada ontem com a morte do/da ativista dos direitos LGBT e ex-presidente da Associação dos Homossexuais do Acre, Raimundo Pereira Carvalho Junior, mais conhecido/a por ‘Raíssa Rios’, 37 anos. Foi uma tragédia! Deixa entristecidos todos os que acreditam na luta do público de homossexuais do Acre contra o preconceito e injustiças.
Só que uma morte desta não pode ser tratada apenas como uma lástima. Deve servir de aviso.
‘Raissa Rios’ foi esmagado/a por uma laje de sua casa que havia sido construída há cerca de um mês. O/A próprio/a ativista é quem estava tirando as caixarias da laje, quando ela caiu. Era uma obra irregular, feita sem acompanhamento profissional e sem registros em órgãos reguladores. A laje pesava 1,5 tonelada e era iminente que desabasse em cima de quem morava no local.
Isso tira os méritos da vida de Raissa Rios? Não. Nem um pouco. O/A ativista sempre será lembrado/a pelas coisas boas que fez em vida. Mas não se pode fechar os olhos para uma realidade gritante deste caso e que é bem comum em Rio Branco inteira. Obras irregulares.
As pessoas precisam entender que mexer com construção é algo sério. Só profissionais bem gabaritados devem fazer isso. Eles são caros? Sim. Mas poupar dinheiro nestas horas pode sair bem mais caro no futuro. Pode custar a sua vida. Ou de alguém que se ama. Qual é o preço disso?