“O poder é o afrodisíaco mais forte”. A frase, atribuída ao ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1973 pelo cessar-fogo na Guerra do Vietnam, nunca foi tão atual nos dias de hoje, no âmbito da política local.
Ainda nem terminou o processo eleitoral – o 2º turno para o governo só será decidido daqui a dez dias -, e mesmo assim, há suplentes em articulação frenética para tentar assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Acre, nem que para isso seja preciso cooptar deputados eleitos e lideranças religiosas em torno de um lobby prévio por uma renúncia de mandato, em detrimento de uma futura secretaria de estado.
No entanto, é preciso que os eleitores estejam atentos a tais manobras, cobrando de seus candidatos eleitos a posição firme de não ceder a pressões de quem tem sede de poder ou o vê como o mais forte dos afrodisíacos.
Aos deputados atuais e aos que estarão assumindo em janeiro de 2015, vale lembrá-los da ética e da decência, de que não podem mudar nenhum rito regimental para beneficiar candidato A ou B que perdeu as eleições, justamente, porque não fizeram por merecer figurar entre os escolhidos. A recomendação é: orai e vigiai sobre os figurões sedentos de poder.