Ver grandes calamidades que acontecem pelo Brasil e pelo mundo afora pela televisão ou pela internet às vezes torna as pessoas meio frias e insensatas quanto ao drama vivido pelos atingidos. Uma indiferença que leva a população a não se mobilizar adequadamente para quando estas tragédias acontecem ao seu lado, em uma cidade vizinha.
Esta cheia histórica de Tarauacá aconteceu repentinamente. Não teve aviso prévio ou sinais e tampouco controle. A aguá tomou conta quase da cidade inteira. Inundou o sonho e o trabalho da vida inteira de mais de 5,3 mil famílias. Gente que lutou para ter um pouco de patrimônio e agora vão gastar mais anos de suas vidas para lidar com os estragos desta alagação.
Parece uma realidade distante para parte de Rio Branco. Mas muitos têm famílias e amigos lá. Acreanos, como qualquer rio-branquense, que precisa de ajuda.
Por conta da grande enchente, entidades estão se articulando para tentar levar uma gota de esperança a quem precisa em Tarauacá. Começaram a fazer campanhas de solidariedade para arrecadar alimentos e outras coisas que os desabrigados do município certamente vão precisar. E o papel de quem mora aqui nisso tudo é simples: ajudar.
Nestas horas, o Acre precisa ser um só para reerguer uma cidade carente e que não estava preparada para sofrer uma catástrofe, que, sem dúvida, poderia ter ocorrido em qualquer lugar. Inclusive, aqui.
