Os empresários do Sul recuaram na contratação dos imigrantes haitianos e senegaleses que entram no Brasil pelo Acre. O motivo? Medo do ebola. Os sulistas tremem dos pés à cabeça ao ouvirem falar da doença. Muito provavelmente, esses empresários devem ter sofrido alguma pressão da população local para manter os imigrantes distantes, apesar da origem do vírus ter sido na África.
Com isso, há uma previsão de novos problemas de superlotação no abrigo em Rio Branco. O local, que tem capacidade para 200 pessoas, agora chega a acomodar 700 imigrantes, como aconteceu no início do mês de outubro.
Todos os haitianos, senegaleses e até mesmo alguns dominicanos recebem vacinação e exames de saúde. Mas isso não diminui o medo de alguns servidores, por exemplo, que pararam de atender os imigrantes alegando situação de risco à vida.
A problemática da entrada desenfreada de haitianos e senegaleses no país parece não sensibilizar nem um pouco o Governo Federal, que poderia ter ajudado mais neste caso. Quando chegam a São Paulo e outros destinos do país, são tratados com preconceito e vítimas de xenofobia.
Até agora, nenhuma solução eficiente foi tomada. Enquanto isso, a ‘bola de neve’ cresce e vai para rumos desconhecidos.