Não adianta ignorar. É só andar mais a fundo pelas ruas de Rio Branco que se torna perceptível a situação dura em que vivem algumas crianças. Pedindo esmola e vendendo doces não só para comer, e sim para se drogar. Alimentar seus vícios ou o de alguém da sua família.
Esta é uma triste realidade, na qual o que deveria ser um vislumbre do futuro do Acre acaba se transformando em um ciclo repetitivo da exclusão social. Crianças que poderiam se tornar trabalhadores se desviam de um destino correto na vida, para se tornar futuros mendigos ou marginais.
O governo está agindo. Programas sociais beneficiam centenas de famílias todo mês no Acre. A melhoria da renda é um primeiro passo para sair dos males da pobreza. A prefeitura também está fazendo a sua parte. Os serviços de assistência social estão de olho nesta situação. Os órgãos públicos se uniram para articular uma verdadeira rede de ajuda às crianças que querem ser ajudadas. E é aí que entra o verdadeiro ‘x’ da questão: querer a ajuda.
Enquanto isso, a sociedade, em parte, se omite. Prefere lidar com seus problemas próprios. Na outra metade, há pessoas que querem ajudar. Só que não sabem como. O máximo que fazem é dar a ‘esmola’ quando se deparam com as crianças. Mal sabem o que aquelas moedas vão comprar.
Isso tem que acabar. Quem quer mudar esta realidade, precisa saber mais sobre ela.