O triste caso desta garota de 14 anos, Estefânia, que morreu atropelada e teve a cabeça esmagada é um grande puxão de orelha aos motoristas de ônibus mais ‘apressadinhos’ de Rio Branco. Ela e a outra vítima, uma menina de 9 anos, teriam sido atropeladas na calçada, por um coletivo supostamente em alta velocidade, de acordo com o pai de Estefânia.
O cargo pode não ter a devida valorização. Mas isso não significa que ele não tenha uma ampla responsabilidade diante da sociedade. Quem se prontifica a dirigir um ônibus como forma de ganhar a vida deve saber bem disso. São vidas que estão em suas mãos. Vidas inestimáveis.
Um erro tão grave quanto este que teria acontecido na última terça-feira, dia 13, é inaceitável. Por isso o caso comoveu tanto a cidade. Ficou nas pessoas um sentimento forte de ‘justiça’ e de que poderia ser a filha de qualquer um a ir parar no necrotério. O acidente precisa ser apurado com exímia rigidez. E, se for constatado a culpa do motorista, que ele seja penalizado.
E isso não quer dizer que todos os trabalhadores desta categoria merecem ser martirizados. Há muitos deles cautelosos. Que levam seu trabalho a sério. Mas o ‘carão’ vale para o que são mais estressados, desleixados e que acham que o trânsito é uma ‘guerra’. Não é. São um conjunto de leis que vão muito além do Código de Trânsito Brasileiro. São leis que devem partir de cada motorista. Leis de bom senso.
Um veículo pode virar uma arma nas mãos de pessoas erradas. Que a morte de Estefânia faça as pessoas ver isso.