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Tempos de cheia

Mais um ano, mais uma alagação. E é também mais uma ocasião para pedir para as pessoas serem compreensivas, prestativas e, acima de tudo, solidárias com as vítimas das enchentes.

Infelizmente, por um processo histórico de formação, a maioria dos municípios acreanos se constituiu enquanto cidade às margens do Rio Acre, ou de outros rios locais. Daí, foram se expandindo (alguns muito, alguns pouco). Até com Rio Branco foi assim. O rio era uma boa alternativa econômica, para 100 e poucos anos atrás. Atualmente, já não é tanto assim.

Uma prova disso é recordar os municípios que já sofreram com alagação. Foram quase todos. E geralmente são alagações que atingem estas cidades quase que por inteiro. Não é porque o rio é ‘do mal’. É simplesmente porque os municípios se formaram na beira dele e não foram tão adiante.

Em outras palavras, enquanto foi conveniente, a população queria estar ali, na beira do rio. Hoje em dia, já não é um bom local para ficar, principalmente pela movimentação dos rios acreanos, que vivem em um sobe e desce inconstante. Essas cheias dão prejuízos. E grandes. Mas as cidades já estão onde estão. Não dá pra mudar. O que se pode fazer é minimizar os estragos. Tirar as pessoas da beira do rio. A Capital luta pra fazer isso. E os municípios?

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