Quando se pensa em medidas mais radicais no Brasil, como a adoção da pena de morte, é só se lembrar dos casos de países que já usam deste extremismo. Ontem, mais uma vez o mundo inteiro se indignou com as execuções na Indonésia. Oito estrangeiros foram fuzilados, já que tinham sido condenados por tráfico de drogas e já não tinham mais recursos para apelar.
Entre as pessoas fuziladas estava o brasileiro Ricardo Gularte, que estava condenado pela Justiça daquele país desde 2005, após ter sido preso com 6 kg de cocaína em pranchas de surfe. Lá, é o segundo brasileiro que sofre o mesmo destino (pagar com a vida) por um erro cometido.
O Brasil é um país violento. É sim. Temos esquemas de corrupção generalizadas, presídios super lotados, marginais de sobra gozando da liberdade e, pior de tudo, crimes do chamado ‘colarinho branco’ indiscriminados. Algo precisa ser feito contra tudo isso. Mudanças são necessárias. Só que matar não é a resposta. Precisamos de leis rígidas, e não assassinas.
O que a Indonésia faz contra traficantes, por mais ruins que eles sejam, é uma prática retrógrada, que sujeita a vida humana ao valor de nada. Nos dias atuais, isso é inaceitável. Um país que trata sua gente assim nunca será grande. E é bom o Brasil já saber disso, de antemão.
