Mais uma vez o caso do vereador de Cruzeiro do Sul, Marcos Lima Verde (PMDB), deixou uma mancha negra para a política do Juruá. O parlamentar daquele município, mesmo afastado da função há meses (mais de 1 ano), estaria recebendo pela Câmara de Vereadores de Cruzeiro. R$ 8,3 mil (bruto), para ser mais específico. E, como se não bastasse, ainda estaria sendo remunerado como professor da Ufac: R$ 4.412 (bruto).
O vereador teve o seu mandato cassado, após um CPI na Casa. Ele é acusado nada mais, nada menos do que crime sexual. Mas não se pode ser radical. Ele é acusado. Não condenado. Essa acusação é um caso à parte. As medidas já foram tomadas. Marcos foi afastado e agora deve responder perante a Justiça. O problema agora é ele estar recebendo indevidamente, sem trabalhar.
Os próprios vereadores de Cruzeiro, na sessão de ontem, se mostraram constrangidos com a situação. Disseram que a Câmara só tem 14 vereadores atuando, mas 15 recebem, o que pode gerar problemas no futuro. E isso já perdura há 15 meses. Se até a Casa se sente assim, imagine a vergonha e a revolta de quem realmente paga o salário dos parlamentares: o povo.
Não dá pra continuar. Este problema precisa de uma resolução. E rápida!