“Comunicar também é ouvir”. E ouvir é tão importante quanto falar. Essa é, sem dúvida, uma das maiores lições que acumulo nos meus 45 anos de idade, completados no último mês de março. É… O tempo não para!
Se a política é a arte do diálogo, onde estamos errando? Afinal, nos últimos 16 anos, foi o diálogo que criou a maior e mais forte frente de partidos que transformam ou reescrevem a história do nosso Estado.
Lembro que o outro lado abria a boca e, na tentativa de desqualificar a Frente Popular do Acre de forma pejorativa, alardeava: “Os meninos do PT não tem experiência…” Lá se vão mais de vinte anos da vitoriosa Frente.
Ironias à parte, a reflexão é sobre o tempo. Somos tão insignificantes! – isso é fato, seja qual for o tempo. Vencê-lo é saber quão importante é o poder de transformação; e saber se reinventar diante dele, o tempo, senhor, “compositor de destinos”. Esse é o maior desafio, mas, sem receitas ou medidas, sarcasticamente, há dois ingredientes indispensáveis: ele, o próprio tempo, e o diálogo.
Tá bom, vamos deixar de inocência, a “oposição” sempre vai olhar e valorizar o lado vazio do copo. Sabemos que há muito mais em qualquer competição que a vitória. A gente escolhe ser líder e os “meninos do PT” fizeram essa escolha. A diferença? Trabalhamos coletivamente para isso, soubemos ouvir e, sobretudo falar na hora certa, no ambiente certo; e conquistamos (ou eles conquistaram) a oportunidade de fazer.
E não basta, simplesmente, fazer diferente: é preciso fazer mesmo, cuidar do Acre, do nosso Acre, algo que o lado de lá nunca fez.
Para quem crê na força do trabalho coletivo, conversar nunca é demais. Sei, todos sabem, temos muito que melhorar e conquistar. Mas, muito já foi realizado até aqui: o canal da maternidade, o salário em dia, os investimentos em estradas e ramais; ruas pavimentadas e saneamento básico; moradia própria e de qualidade; distribuição de renda; e todos os investimentos e fomento à produção e ao empreendedorismo. Só pra citar alguns exemplos.
Os parâmetros e comparações agora são entre nós e nós mesmos. E isso pouco importa. O que é importante mesmo é o que queremos e pensamos para o futuro. O que fizemos?
Como há mais de 20 anos, em 2016 vamos estar lado a lado e juntos com a juventude e o desafio do seu tempo. E só o diálogo vai nos alinhar para conquistarmos a oportunidade de nos reinventarmos. E não busquemos simplesmente negociações na tentativa do consenso, na minha opinião, algo que só quem busca são os adversários. Nossa busca é a unidade, valorizando e respeitando as diferenças.
Como falou Tite, técnico de futebol. “a individualidade só agrega qualidade quando o conjunto está bem…” Nem tudo estará certo quando se ganha, nem tudo estará errado quando se perde.